O carinho já há muito que é o envelope onde o remetente carimba a ordem de envio.
Mais uma vez escreveu-se em palavras traindo a grandeza do que sente e cuidadosamente dobrou a carta escrita, que é oportunidade de se ler muito para além do que foi capaz de escrever.
Apressou-se a enviar ao destinatário porque o tempo de envio arrefece o calor dos dedos timbrado no papel.
O silêncio da ausência de resposta arrefece-lhe agora as mãos que apertam o coração em busca de uma fonte de calor próprio...
Remetente de si e destinatário de um silêncio.