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quarta-feira, 7 de março de 2012

Caem


Caem como fagulhas levadas pelo vento que outrora soprava,
caem como sementes secas, que ficam a dever à terra a vida e a prosperidade,
caem mal nascem porque é o destino 
(a) ser absorvido até deixar de ser,
este ácido interno, 
algumas vezes elixir da alegria, 
agora apenas produto pesado e que arde ao correr.
Caem como bombas lançadas de dentro
e penetram o coração em tempos forte.
Caem os tectos, pilares e por fim cai o verbo,
num compasso lento que lembra a morte.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Plágio

Cópia de mim (talvez até mesmo no distúrbio psiquiátrico).

"A minha imagem"

"A minha imagem, tal qual eu a via nos espelhos, anda sempre ao colo da minha alma. Eu não podia ser senão curvo e débil como sou, mesmo nos meus pensamentos.
Tudo em mim é de um príncipe que morreu sempre há muito tempo.
Amar-me é ter pena de mim. Um dia, lá para o fim do futuro, alguém escreverá sobre mim um poema, e talvez só então eu comece a reinar no meu Reino.

     Deus é o existirmos e isto não ser tudo."

Fernando Pessoa.